O reforço da Política Comum de Segurança e Defesa (PCSD) está na ordem do dia. Muitas têm sido as propostas e medidas apresentadas tendo em vista o reforço do pilar militarista da UE: o Fundo Europeu de Defesa, a Cooperação Estruturada Permanente, a Mobilidade Militar, o Programa Europeu de Desenvolvimento da Indústria da Defesa, o Mecanismo Europeu de Apoio à Paz. Este reforço está a ser feito também em termos financeiros. Dinheiro que não falta para o militarismo, mas que falta nas políticas de desenvolvimento e coesão. Este relatório reafirma o apelo para que os orçamentos dos Estados-Membros atinjam o objectivo de 2% do PIB de investimento em “segurança e defesa” e 20% deste em material militar – objectivo definido pela NATO. A cooperação com a NATO é defendida, numa perspectiva de progressiva afirmação militar da UE, de que não se desligam as mais recentes propostas do eixo franco-alemão de criação de um Exército Europeu. A PCSD não promove a paz, a segurança e o progresso na Europa e no mundo. Promove, isso sim, a guerra, a insegurança e a instabilidade, na Europa e no mundo. Romper com a PCSD é parte da luta pela construção de uma outra Europa, de paz, solidariedade e cooperação entre Estados soberanos iguais em direitos.