É com preocupação que nos confrontamos com o crescente e inaceitável clima de racismo, xenofobia e crimes de ódio na Europa, nomeadamente quando estes fenómenos demonstram o seu carácter intrínseco ao aprofundamento de políticas neoliberais que destroem importantes direitos e conquistas sociais, aumentam a insegurança e degradam as condições de vida dos trabalhadores e dos povos.
Acentuam-se as situações de pobreza, de exclusão e desintegração social, originando em consequência fenómenos de marginalização e de guetização, de analfabetismo, de mais pessoas que se vêem empurradas para a economia informal, à margem da participação na sociedade. Surgem igualmente novos fenómenos de criminalidade organizada que atraem estes grupos de excluídos e funcionam também como escape social.
A reintegração e inclusão destas pessoas e grupos é determinante para o seu futuro e exige uma ruptura com as políticas que na UE impedem o acesso à educação nos seus vários níveis, à habitação e à saúde, à segurança social.
Assume igualmente grande importância a preservação da memória histórica do que foi o nazismo e o fascismo e denunciar todas as operações que visam o seu branqueamento, procurando equiparar nazismo e comunismo para branquear o primeiro e condenar o segundo, tentando ocultar as conquistas sociais alcançadas que permanecem vivas nas aspirações dos trabalhadores e dos povos.