Há perguntas que continuam sem resposta.
A UE decidiu aplicar sanções contra o Irão, justificando-as com o perigo do país vir a desenvolver armas nucleares. Esta opção contrapõe-se a uma via diplomática para a resolução do diferendo relativo ao programa nuclear iraniano.
Israel é, comprovadamente, o único país da região que detém um vasto arsenal nuclear.
As autoridades israelitas recusaram participar na conferência da ONU sobre “um Médio Oriente livre de armas nucleares”. Tal recusa surgiu na sequência de ameaças, feitas por altos responsáveis israelitas, de iniciar uma guerra contra o Irão – atitude de consequências não inteiramente previsíveis mas potencialmente catastróficas.
Além disso, o estado israelita desrespeita o direito internacional e as resoluções da ONU, aprofundando a ocupação da Palestina e a opressão do povo palestino.
Apesar disso, Israel é considerado um parceiro privilegiado da UE, que assinou com este país inúmeros acordos, designadamente no domínio comercial.
Há, pois, perguntas que continuam sem resposta:
- Como se justifica esta política de dois pesos e duas medidas?
- Porque serve o argumento nuclear para determinar sanções contra um país como o Irão sendo ignorado no momento de celebrar acordos com Israel?