Intervenção de Inês Zuber no Parlamento Europeu

Protecção de infra-estruturas críticas de informação-realizações e próximas etapas para uma cibersegurança mundial

Reconhecemos a importância de assegurar às populações as condições seguras e de protecção necessárias na utilização da rede de internet, assim como das infra-estruturas que garantem o serviço. Contudo discordamos profundamente que este enunciado esteja inserido num conjunto de estratégias e políticas de cariz securitário e profundamente lesivo em termos laborais e da liberdade de expressão para estas mesmas populações. É notória uma forte ligação destas medidas à actuação dos Serviços Europeus de Acção Externa, através dos quais se pretende “incluir de forma permanente as questões de segurança da internet nas suas relações externas, nomeadamente aquando da concessão dos seus vários instrumentos de financiamento”, alinhando a orientação política e acção em matéria legislativa com os "homólogos norte-americanos". Orquestram-se posições coordenadas em fóruns internacionais, nos quais participam a NATO, ONU e Banco Mundial, entre outros. A ciber-segurança não pode ser utilizada para legitimar propósitos ingerencistas e intervencionistas que nada têm que ver com liberdade dos cidadãos.

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