O programa da UE para a educação, a formação, a juventude e o desporto, agora designado "Erasmus+", terá um orçamento de 14,7 mil milhões de euros no próximo período 2014-2020. O "Erasmus+" abrange o ensino escolar (programa Comenius), o ensino superior (Erasmus), o ensino superior internacional (Erasmus Mundus), a educação e formação profissional (Leonardo da Vinci) e a educação para adultos (Grundtvig) e pretende oferecer aos jovens possibilidades de estudar ou fazer um estágio de formação no estrangeiro. Este novo programa estabelece um mecanismo de garantia de empréstimos a estudantes de mestrado, aspecto com o qual não concordamos uma vez que empurra os estudantes para o endividamento ainda antes do final da sua formação. Aspecto que toma proporções ainda mais graves no quadro da crise estrutural do capitalismo onde se observam níveis de desemprego jovem altíssimos, em diversos Estados-Membros. Além disso, é de sublinhar que no sistema pré-Bolonha os estudantes tinham direito a bolsas de mobilidade durante os 5 anos de formação e no actual quadro, com o processo de Bolonha, têm direito a bolsas apenas durante 3 anos, sendo que os alunos de mestrado passam a entrar no sistema de endividamento que a UE tão orgulhosamente lhes quer oferecer. Consideramos, no entanto, que este programa tem tido aspectos positivos que valorizamos.