A questão do financiamento às Micro, pequenas e médias empresas é hoje uma questão de vida ou morte deste sector tão importante para as economias dos países.
As políticas de competitividade no quadro de um mercado único, panaceia religiosa da UE, foram ao longo do tempo destruindo milhares de pequenas empresas, sobretudo, nos países com economias mais frágeis. Hoje, a situação é pior. Em países como o meu, Portugal, encerram dezenas de PME´s por dia. São famílias e trabalhadores que vêem a sua vida destruída de um momento para o outro. A falta de financiamento por parte dos bancos é certamente uma das causas desta desgraça. Por isso consideramos importante a criação de linhas de crédito, embora saibamos que os intermediários irão rentabilizar à custa deste problema. Mas quando visitamos comerciantes, pequenas indústrias da área alimentar ou agrícola, associações de pequenos empresários, o motivo que estes encontram para o seu risco de falência é outro: a diminuição do poder de compra, do consumo interno, do mercado interno. É verdade – os cortes em pensões e salários, os despedimentos, tão alegremente promovidos pela UE, nomeadamente na aplicação dos seus pactos de agressão com os governos nacionais através das troikas, estão a ditar a ruína diária de milhares de PME´s em toda a UE.
E para que quererão os jovens arriscar, investir e endividar-se quando o quadro económico do seu país é arrasador e prevê-se ainda pior?