O relatório considera e bem que é através da concentração do financiamento no reforço da coesão económica, social e territorial que se poderá alcançar o objectivo da política de coesão de redução das disparidades existentes entre as regiões da UE. Reconhece também que, nos últimos anos, o financiamento da política de coesão tem proporcionado “milhares de euros na criação de novos empregos e no apoio de empresas inovadoras”, facto que, podendo ser verdade, não é suficiente para ocultar os empregos que, por outro lado, foram destruídos em consequência das políticas e orientações da UE - uma dinâmica prevalecente face à primeira, como o demonstra a realidade em diversos países.
O relatório tem lacunas evidentes e não inocentes, cuja consequência poderá ser a acumulação preferencial de fundos em certas regiões, sectores e Estados-Membros, levando a uma distribuição desequilibrada dos (parcos) fundos para a coesão.
As medidas de condicionalidade impostas à política de coesão constituem uma barreira real ao financiamento de regiões que, necessitando de se desenvolver, poderão não reunir os critérios requeridos e ficarem privadas do necessário financiamento.
O problema do desemprego, e em particular do desemprego entre os jovens, é abordado em termos insuficientes e deficientes, praticamente limitando-se à estafada repetição da lengalenga da submissão à estratégia UE2020...