Posições Políticas

«Armas de urânio, a ponta do icebergue»

O rol de declarações contraditórias, de desmentidos formais e de mentiras descaradas dos últimos dias revela até que ponto os responsáveis políticos e militares dos países membros da NATO estão desorientados com a polémica gerada em torno das armas com urânio empobrecido (depleted uranim, DU). Numa altura em que já não restam dúvidas estarmos perante a ponta de um iceberg de dimensões e consequências incalculáveis, é de temer que uma cortina de silêncio caia sobre o assunto.

Síndroma dos Balcãs - Artigo de Rui Namorado Rosa*

25 de Janeiro de 2001

 

«Poupem-nos!»

Já não nos lembramos se foi "a notícia do dia" mas temos a certeza que saiu em tudo onde podia sair. As televisões, não fosse alguém duvidar, mostraram mesmo o "fac-símile" da carta de Guterres a "pedir explicações" à NATO sobre o uso de plutónio, onde até se conseguia ver escrito pelo punho do Primeiro-Ministro um "Dear Mr. Secretary General". É claro que, nas circunstâncias difíceis que neste caso enfrenta, na NATO o lado para onde se dorme melhor é aquele onde estiverem cartas destas, fingidamente inquietas, preocupadas, firmes e exigentes.

Concentração frente à Residência do Primeiro-Ministro - Intervenção de Rosa Rabiais, Com. Política

Pelo fim da presença militar portuguesa nos Balcãs

Moção entregue ao Primeiro-Ministro - Concentração frente à Residência do Primeiro-Ministro

Considerando que a guerra contra Jugoslávia foi desencadeada à margem da
ONU e que o governo português, desrespeitando a Constituição portuguesa,
decidiu, apesar disso, nela participar;

considerando que durante a guerra de agressão à Jugoslávia foram utilizadas

«A síndroma e a sua causa»

Há uma técnica usada pelos responsáveis da OTAN para enganar a opinião pública na questão do urânio empobrecido (UE), que se impõe desmascarar. Ainda agora foi usada por Javier Solana, o ex-secretário-geral da OTAN responsável pelas guerras nos Balcãs.

Sobre a questão dos Balcãs

É sem dúvida positivo e politicamente significativo que o Parlamento Europeu, naturalmente com os votos dos deputados do PCP, tenha proposto uma moratória sobre a utilização de armas com urânio empobrecido.

«A estranha doença dos soldados búlgaros no Kosovo»

O texto que a seguir se reproduz, contando a estranha doença que afecta soldados búlgaros que prestaram serviço no Kosovo, chegou-nos via internet. A história vale por si e as fontes (*) podem ser confirmadas. Estamos perante um drama que responsáveis militares e políticos de países da NATO insistem em negar. E no entanto ele existe. As vítimas conhecidas são Danail Danailov, Emil Ivanov e Alexander Vassilev.

«Uma evidente cegueira»

Diz o povo e com comprovada razão que mais cego é aquele que não quer ver do que aquele que não o pode fazer. Se outros exemplos não houvesse bastaria dar conta desta obstinada cegueira com que os principais responsáveis políticos e militares têm seguido a questão das consequências e efeitos do urânio empobrecido sobre a saúde resultantes dos bombardeamentos da Nato à Jugoslávia para dar razão a tal afirmação.

A propósito do urânio empobrecido - Artigo de Francisco Silva

18 de Janeiro de 2001