Posições Políticas

Uma luta secular, de actualidade e de futuro

Boa tarde. Uma saudação fraterna a todos vós, camaradas, amigas e amigos.

Com esta sessão «O PCP e a emancipação da Mulher. Luta secular, do presente e de futuro», que se insere na vasta programação que assinala o Centenário, pretendemos relevar o papel que o PCP atribui aos direitos das mulheres e à sua luta emancipadora, não apenas na avaliação do percurso percorrido, mas sobretudo para afirmar o que falta para dar êxito a uma causa e a um projecto pleno de actualidade e de futuro que continua a ter a nossa determinação e empenho.

O trabalho como condição essencial para a independência económica da mulher e para a sua plena emancipação

Poderíamos iniciar este contributo dando nota do quanto as mulheres trabalhadoras são duplamente exploradas.

A igualdade entre a mulher e o homem na família

Se é indesmentível que as alterações do papel da mulher na família são enormes e em geral de sentido positivo, também é claro que para atingir a igualdade plena nas famílias há muito caminho a fazer. A alteração das mentalidades é fundamental mas há condições objectivas que têm de ser garantidas:
– Por um lado, a independência económica da mulher, profundamente ligada ao direito ao emprego, ao salário e aos direitos.

O papel das mulheres na vida social e política

Cedo, o nosso Partido compreendeu a importância da participação das mulheres. No I Congresso, o Partido afirmava que era «preciso conquistar a mulher para a causa da Emancipação Humana» e defendia «desde já o princípio da igualdade de salários (…) o direito de participação das mulheres no combate pelas reivindicações políticas e económicas dos trabalhadores».

A emancipação das mulheres e a mudança de mentalidades

A consciência colectiva e as mentalidades estão indissociavelmente ligadas ao poder, à classe dominante e, claro está, à ideologia dominante. E falar de alteração de mentalidades implica falar de representações sociais.

As jovens e a luta pela igualdade

A luta das mulheres não é de hoje, ela assenta numa longa história que é essencial para compreender os avanços que foram feitos através da luta e pela persistência, mas também para que saibamos que a luta precisa de nós.

Com 47 anos passados desde a Revolução de Abril é importante recordar e não deixar que se esqueça, ou que seja branqueada, a história e a situação da mulher na sociedade portuguesa durante o fascismo, particularmente as jovens.

Tomar Partido

As mulheres trabalhadoras têm sido a força motriz das transformações sociais ao longo dos tempos, assumindo as fileiras da luta de classes nas fábricas, nos campos, nas universidades, nas empresas, na rua, em casa e na vida.

O PCP e a emancipação da mulher - Luta secular do presente e do futuro

Como afirmou Marx, com reconhecida validade, o grau de emancipação feminina é a medida natural do grau da emancipação geral. Os avanços notáveis na condição e nos direitos das mulheres no século XX, em Portugal e no mundo, têm uma estreita ligação ao desenvolvimento político, social e civilizacional, parte integrante da sua luta e da luta dos trabalhadores e dos povos pela transformação progressista da sociedade, e vão na esteira das muitas conquistas alcançadas por esta luta mais geral.

Faleceu Américo Leal

O Secretariado do Comité Central do PCP informa, com profunda mágoa e tristeza, o falecimento do camarada Américo Lázaro Leal, ontem, dia 18, com 99 anos, membro do PCP desde 1947, destacado resistente antifacista e exemplo de luta pela conquista da liberdade e democracia para os trabalhadores e o povo.

Américo Leal era natural de Sines, onde nasceu a 20 de Janeiro de 1922. Começou a trabalhar com 12 anos, idade em que ficou órfão, como operário corticeiro.

Um Estatuto que não valoriza os trabalhadores e o trabalho nas artes e na cultura

1 - Terminou ontem o período de consulta pública referente ao Decreto-Lei que aprova o Estatuto dos Profissionais da Área da Cultura. A proposta do Governo, nos seus moldes actuais, conheceu um amplo conjunto de críticas dos trabalhadores, dos sindicatos e das associações, que consideraram que o documento não responde aos problemas principais que estão colocados aos trabalhadores das artes e da cultura.