Intervenção de Mariana Silva, Partido Ecologista «Os Verdes», Sessão Pública CDU

O Porto tem que ser tão acolhedor para as gentes do Cerco como para as gentes da Foz, para as gentes de Cedofeita como para as da Boavista

Caros companheiros,

Nesta caminhada que aqui se inicia e que nos levará a um grande resultado da CDU nas próximas eleições autárquicas, a favor das populações da cidade do Porto, a favor das mulheres, dos homens, dos jovens e dos idosos, dos mais desfavorecidos em todo o País. 

Começo por saudar-vos, em nome do Partido Ecologista Os Verdes, afirmando, a partir desta bela cidade do Porto, que aqui estamos, de corpo e alma na Coligação Democrática Unitária, que tem sido ao longo das últimas décadas, a nossa casa eleitoral, o nosso espaço de alargamento, o caminho que queremos percorrer, com o Partido Comunista Português, para quem vai o nosso mais fraterno abraço, com a Associação Intervenção Democrática que daqui saudamos, com os muitos democratas sem filiação partidária, com todos os que queiram um rumo de Trabalho, Honestidade e Competência.

Uma segunda palavra para a candidata que hoje aqui apresentamos, para a Diana Ferreira. Mulher de grande determinação, com uma notável capacidade de trabalho, ligada aos problemas e preocupações dos que mais sofrem, aqui está, a dar um exemplo notável de disponibilidade militante ao serviço da democracia.
 
Em tempos em que alguns apostam em retrocessos nos direitos das mulheres, em que já se sentem à vontade para, de novo, nos reduzir às tarefas domésticas, este exemplo de força e coragem é também um contributo à luta pela igualdade e pelos direitos das mulheres. Conta connosco para a luta, Diana!
Companheiros e amigos,

No ano em que celebramos os 50 anos do Poder Local é essencial reforçar a importância destes órgãos que, por serem de proximidade, devem e têm a obrigação de responder às necessidades das populações e de serem o garante do desenvolvimento local. 

No Porto a segunda cidade do país, o papel do Poder Local ganha outra dimensão e as exigências de governação são maiores a todos os níveis.

Os desafios são muitos, tantos quantas as competências das autarquias, entretanto ampliadas pelos acordos entre PS e PSD.

Permitam-me que refira três desses desafios.

Para Os Verdes, o direito à Mobilidade é primordial, desempenhando um papel fundamental não só no que se refere à garantia do acesso aos vários direitos, como na urgente necessidade de se proteger o Ambiente e a saúde de quem vive ou trabalha na cidade do Porto. 

As gentes do Porto sabem bem a falta que faz uma rede de transportes eficiente, para garantir uma cidade com menos trânsito, com menos acidentes, com menos poluição sonora e atmosférica. 

Uma rede moderna, que contribua para uma cidade com mais pessoas a andar a pé, de forma segura e confortável, a deslocarem-se de bicicleta nas suas rotinas diárias e não só aos domingos de manhã em que parece que a paciência para os ciclistas é maior, uma cidade ambientalmente mais saudável. 

Em segundo lugar, precisamos de uma cidade com mais espaços verdes, com mais espaços para as pessoas socializarem, com mais árvores que permitam regular a temperatura das ruas, que contribuam para a purificação do ar, uma cidade em que o conceito da sustentabilidade não sirva apenas para os galardões e títulos, que seja uma realidade. 

Os portuenses e quem aqui escolhe viver merecem uma cidade que esteja preparada para lidar com as consequências das alterações climáticas, que se fazem sentir um pouco por todo o Mundo. E é preciso uma política que garanta que essas consequências não continuem a ser mais pesadas para os mais pobres, para os mais desprotegidos, como são as mulheres, as crianças e os idosos.

Em terceiro lugar, o Porto é uma cidade acolhedora, é uma cidade que sabe receber e isso tem de ser também esta verdade para aqueles que vêm à procura de uma vida melhor, de melhores condições de vida, ou que escolhem o Porto para dar continuidade à sua formação.

Mas o Porto tem de ser acolhedor, desde logo para os portuenses. 

O turismo contribui para a dinamização de muitas actividades económicas, mas os turistas só poderão continuar a ver roupas à janela na velha Ribeira se houver gente que lá viva e a estenda. 

O Porto tem que ser tão acolhedor para as gentes do Cerco como para as gentes da Foz, para as gentes de Cedofeita como para as da Boavista, para as gentes da Pasteleira, como da Sé.

E isso implica outras políticas que garantam o direito à habitação, a salários dignos, serviços públicos dinâmicos, apoios sociais alargados, mais e melhores espaços verdes em que as crianças possam voltar a brincar na rua em segurança.

Assim sendo, companheiros e amigos, cá estamos, prontos para esta batalha para reclamar uma vida melhor para todos os que vivem e amam o Porto.

Cá estamos prontos para dizer aos trabalhadores da Câmara Municipal do Porto que é devido todo o respeito, são devidos salários justos, direitos e condições de trabalho.

Cá estamos, prontos para fazer desta campanha, um caminho pela defesa das populações, do ambiente e da Paz.

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