Queríamos, antes de mais, lamentar a opção de incluir num debate conjunto questões que, por si só, justificariam, cada uma delas, um debate próprio.
Tal não pode deixar de resultar numa menorização da política de coesão, precisamente quando toda a atenção e todo o destaque se exigiam para este tema.
São hoje bem evidentes os falhanços da política de coesão da UE.
A escassez crónica de meios agravou-se quando se acrescentaram a objectivos anteriormente existentes - de coesão económica e social - novos objectivos - de coesão territorial - sem o correspondente reforço de meios.
Insistir na ideia de que é possível promover a coesão sem um reforço muito substancial das verbas disponíveis, ainda para mais num contexto de aprofundamento da integração, é propagandear um enorme logo.
Um logro desmentido desde logo por diversos estudos da própria Comissão Europeia que, nos anos 90, diziam ser necessária pelo menos a duplicação do orçamento da UE para se assegurar o objectivo da coesão.
De então para cá, foram sucessivos alargamentos com o orçamento a reduzir-se. E querem reduzi-lo ainda mais ou mantê-lo a níveis de indigência! Se o fizerem, o resultado será inevitavelmente mais desigualdade e mais divergência.