Declaração de voto de João Ferreira no Parlamento Europeu

Política Comum de Segurança e Defesa

A maioria do Parlamento defende a autonomia militar da UE através de investimentos em armamentos para os sectores da defesa e militares, da "partilha" e "mutualização" de meios, da cooperação estruturada permanente entre os "países com critérios mais ambiciosos em termos de capacidades militares", do reforço do papel da Agência Europeia de Defesa, de uma maior operacionalidade dos grupos de intervenção rápida, do estreitamento das relações com a NATO. Estes desenvolvimentos são indissociáveis das necessidades de acesso e domínio de recursos naturais e energéticos de que os monopólios da UE são dependentes. A maioria do Parlamento Europeu deixa aqui bem clara a sua ambição: apostam na destruição da Carta da ONU e do Direito Internacional, numa maior agressividade e belicismo das cada vez mais militarizadas relações internacionais, numa ofensiva contra a soberania, numa verdadeira cruzada de ocupação de países e regiões geoestrategicamente importantes. Uma política que cumpra afinal o papel da UE enquanto pilar europeu da NATO.
Trata-se apenas de uma posição do Parlamento Europeu mas evidencia a necessidade de rupturas democráticas na UE, com um processo de desmilitarização e desarmamento, a dissolução da NATO e a criação de um sistema de segurança colectivo que respeite e assegure a soberania dos Estados e a livre opção dos povos.

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