Este relatório parte do mandato conferido no artigo 189.º do Tratado para a definição de uma política espacial europeia, definindo a Comunicação da Comissão Europeia que a política espacial é um elemento chave da estratégia Europa 2020 e que deve ser orientada para a consecução dos seus objectivos.
Uma das grandes preocupações deste relatório é que hoje a UE depende grandemente da indústria espacial norte-americana, pretendendo assim desenvolver uma política europeia que seja independente de importações. Para isso a UE considera necessário desenvolver todos os seus programas, instrumentos e indústrias dessa área, de que são exemplo o programa Copernicus/GMES. Temos sérias preocupações relativamente ao quadro económico em torno da indústria espacial e aos usos que se dão a tais instrumentos nomeadamente quando são considerados para fins militares. De facto, na descrição do apoio do Copernicus/GMES aos Serviços de Acção Externa da UE no que respeita a serviços de segurança é claramente definido que deve "prevenir efeitos desestabilizadores em países terceiros em situação de crise ou crise emergente". Na nossa opinião, o espaço apenas deve ser utilizado para fins pacíficos, em proveito de toda a humanidade, aprofundando a cooperação entre os Estados-Membros assim como a nível internacional. Abstivemo-nos.