Srs deputados,

A atribuição de um suplemento de risco aos profissionais das forças de segurança que corresponda e que faça jus à perigosidade e penosidade das funções desempenhadas é uma matéria que este orçamento não pode ignorar.

Um suplemento de risco digno é uma reivindicação justa dos profissionais da PSP e da GNR e das suas estruturas representativas a que este parlamento deve ser sensível.

100 euros é indigno e revoltante, até por comparação ao valor do suplemento de outras forças de segurança e o que o governo fez e está em vigor foi um autentico defraudar das expectativas dos profissionais da PSP E GNR.

E ninguém pode ignorar um problema grave que afeta o país que é este estado de coisas e a falta de atratividade das funções policiais.

E o que provoca esta situação é a falta de reconhecimento, nomeadamente ao nível remuneratório, destas forças de segurança

O PCP traz a proposta de fixação de um suplemento de risco equiparável ao de outras forças de segurança, no valor de 400 euros, correspondendo às exigências dos sindicatos e associações profissionais da PSP e da GNR.

Temos oportunidade de, com este orçamento, contrariar as dificuldades de atração e rejuvenescimento das carreiras, valorizando-as.

Porque para além da questão remuneratória e da degradação generalizada das condições de trabalho

O Governo insiste em tentar resolver a falta de efetivo com o condicionamento do acesso à pré-reforma ou aposentação ao número de admissões que irão ocorrer.

E mantêm-se situações incompreensíveis como a falta de Higiene e Segurança no Trabalho, de psicólogos, de um plano de prevenção do suicídio.

Para todas e cada uma destas questões o PCP tem propostas de alteração ao Orçamento, resta saber de que lado está cada um dos partidos aqui presentes.

Srs deputados, este é o momento de corrigir erros e injustiças, com a aprovação das propostas do PCP