À data do alegado crime de que é acusado, Viktor Uspaskich era membro do parlamento lituano.
Em 28 de Julho de 2013, Viktor Uspaskich respondia a perguntas de jornalistas, no aeroporto de Vilnius, quando terá alegadamente descrito como cobardes, criminosos e fantoches os juízes que, em 12 de Julho de 2013, o tinham considerado culpado numa acção penal de que tinha sido alvo.
Nos termos do artigo 232.º do Código Penal lituano, quem publicamente humilhe um tribunal ou um juiz devido ao exercício de funções judiciais será punido com multa, detenção ou prisão, por um período máximo de dois anos. Sucede que este deputado se diz discriminado e perseguido na Lituânia, por pertencer à minoria russófona num país em que o sentimento anti-Rússia grassa entre as instituições do Estado. Refere Uspaskich que as sedes do seu partido terão sido revistadas quando se deslocou à Rússia, ao funeral da mãe. O Grupo ALDE, a que Uspaskich pertence, pediu que o relatório voltasse à Comissão para apreciação de novos factos. Concretamente, pediu-se que fossem analisadas todas as declarações de Uspaskich e não somente o trecho que havia sido analisado e alegadamente descontextualizado. Apoiámos este pedido.