Apesar de o presente relatório conter disposições positivas - a necessidade de uma cooperação regulamentar à escala internacional, a preocupação com a diluição das responsabilidades em detrimento da democracia, em consequência da coordenação à escala mundial -, assenta na ideia de aprofundar o poder dos organismos supranacionais, que irão retirar ainda mais o poder político às pessoas, a que nos opomos fortemente. Rejeitamos sem reservas esta UE, em que está comprometida a cooperação e a solidariedade entre os Estados-Membros, bem como a respectiva soberania nacional, a ideia de que a análise interpares permite uma maior responsabilização dos cidadãos do que o modelo tradicional de prestação de contas democrática formal, com base no conceito de "agente e comitente" bem como o estabelecimento de uma representação única que intervenha a uma só voz por todos os países da UE no âmbito das instituições financeiras internacionais. Defendemos de forma veemente que uma maior legitimidade democrática e prestação de contas não serão alcançadas, aumentando as imposições supranacionais. Os Estados-Membros não devem prescindir da sua própria representação nos fóruns internacionais e a cooperação regulamentar a nível mundial deve basear-se na solidariedade entre países, e não na defesa dos grandes interesses económicos e financeiros.