Este é um relatório que não advoga diferenças profundas face ao que têm sido as prioridades orçamentais de anos anteriores. Com essas modificações profundas, não podemos senão votar contra. Como habitualmente interviemos activamente no debate sobre as prioridades orçamentais, propondo variadas emendas ao relatório. Entre outros, são exemplos: a defesa do reforço substancial do orçamento, em especial das componentes dedicadas à coesão económica e social, com a criação de um plano de investimentos que mobilize, pelo menos, 2% do PIB da UE, anualmente, durante os próximos dez anos; a defesa de cortes nas despesas militares e associadas ao intervencionismo externo da UE; a defesa de medidas de combate à pobreza, às desigualdades e à exclusão social, bem como ao desemprego; a criação de programas de apoio específicos aos países, como Portugal, intervencionados pela troika e que enfrentam maiores dificuldades; a criação de programas de apoio aos países que optem por uma saída negociada do Euro que, entre outros aspectos, preveja compensações adequadas pelos prejuízos causados pela entrada e permanência na moeda única. São emendas que apontam um caminho alternativo ao actual rumo de desastre. Lamentavelmente foram rejeitadas.