A protecção ambiental, o uso eficiente e sustentável de recursos, a reutilização e a reciclagem, entre outros objectivos de desenvolvimento sustentável, constituem indiscutivelmente oportunidades para o desenvolvimento de um amplo conjunto de pequenas e médias empresas.
Mas importa aqui fazer uma advertência.
O “mercado de bens e serviços ambientais” a que alude este relatório não pode justificar nem legitimar velhas ou novas formas de apropriação privada da Natureza e dos seus recursos. Nem isentar ou demitir as instituições públicas de responsabilidades e atribuições que devem ter nestes domínios.
Quanto aos bloqueios com que as PMEs se deparam, como os custos dos factores de produção, o crédito, que o relatório refere – é uma questão relevante. Reforça-se a necessidade de um controlo público, democrático, sobre sectores estratégicos da economia, quebrando com a estrutura monopolista ou oligopolista prevalecente em vários destes sectores, que asfixia as PMEs.