A famigerada troika, disseram-nos, saiu de Portugal, mas a política de extorsão, roubo e confisco dos trabalhadores portugueses continuou. Não formalmente pela troika, mas agora sob a vigilância apertada da Comissão Europeia no quadro do Semestre Europeu e em nome do cumprimento do Tratado Orçamental. Se alguém pensa aqui que se pode ser contra a troika e a favor do Semestre Europeu, está enganado, porque são exactamente uma e a mesma coisa. Prova disso é o Programa de Estabilidade apresentado pelo governo português, que continua os cortes nos salários, corta 600 milhões de euros nas pensões dos reformados, a fim de destruir a Segurança Social Pública, aponta para mais 400 milhões em cortes na Administração Pública, o que significará mais despedimentos e menos serviços públicos, ao mesmo tempo que diminui os impostos do grande capital.
São cada vez mais os trabalhadores que afirmam que não terão direito a uma vida decente sem uma ruptura com as regras do Tratado Orçamental e do Euro, feitas para beneficiar sempre os mesmos.