Somos favoráveis a objectivos ambiciosos no que diz respeito à redução das emissões de CO2 dos automóveis de passageiros.
Somos favoráveis a esforços no domínio da investigação e desenvolvimento de conceitos de propulsão modernos e mais ecológicos, e à sua aplicação industrial.
Neste, como noutros domínios, o interesse público deve sempre prevalecer face a interesses privados, sectoriais.
Mas há uma questão essencial que aqui temos de introduzir no debate.
Os progressos técnicos e científicos até agora disponíveis não evitam que a sociedade do automóvel, tal como a conhecemos, esteja em grande medida condenada a prazo.
E é hoje que se deve antecipar e preparar esse futuro!
É imperioso reforçar, desenvolver, modernizar, incrementar todos os tipos de transporte público colectivo, particularmente os electricamente accionados, disputando a primazia dada ao automóvel individual, em especial nas cidades.
Infelizmente não tem sido este o caminho seguido.
Em Portugal, por exemplo, por pressão da troika e da UE, que a integra, o ataque às empresas públicas de transporte e o aumento dos preços já levou a quebras de passageiros na ordem dos 20%.