A avaliação feita no documento em questão procura, até à exaustão, apresentar a UE como um exemplo de democracia, do estado de direito, das liberdades, e de como, por via da sua política externa, e através deste instrumento em particular, o Fundo Europeu para a Democracia, deve proceder à "evangelização" dos países vizinhos ou, como refere, "países em transição política e nas sociedades que lutam pela democratização". Os mecanismos de "democratização", desse paladino da Democracia que se afirma a UE, e em que se revê a maioria deste Parlamento Europeu, não poderia estar melhor espelhada ou ter melhor exemplo, que o pedaço de texto, desprovido de qualquer pudor que transcrevemos: "Acolhe com agrado a concessão de subvenções pelo Fundo aos intervenientes ucranianos, o que constitui um bom exemplo do rápido apoio prestado a activistas políticos e da sociedade civil que, mais tarde, se tornam representantes democraticamente eleitos". Não poderia ser mais clara a forma assumida como esta UE pretende "democratizar" os países com quem tem relações: instrumentalizar, financiar, criar, promover a seu favor num acto de ingerência pérfido, instituições e indivíduos, em alinhamento directo com as políticas colonialistas da UE, comprometendo a soberania dos países e a liberdade dos povos.
Votámos contra.