Sra, Mogherini, concordo consigo de que necessitamos de uma solução pacífica. Mas uma solução pacífica não se constrói diabolizando uma das partes do conflito.
No último dia 15 de Janeiro, a organização Human Rights Watch repetiu a acusação de que as forças de Kiev alvejam áreas civis indiscriminadamente e acusou o primeiro-ministro ucraniano de usar bombas de fragmentação e lançadores múltiplos de rockets. Porque é que os EUA enviaram instrutores militares para a Ucrânia e porque é que as forças de Kiev estão a usar munições da NATO nos ataques a Gorlovk?
Uma solução política requer uma visão diferente do conflito e não a imposição de uma parte sobre a outra. Tem que se pedir a retirada do Donbass das forças agressoras, tem que se reconhecer o estatuto de forças beligerantes às partes do conflito, o que implica o reconhecimento ao direito de resistência a forças fascistas e ultra-nacionalistas, e promover um diálogo directo entre as partes em conflito.