O Equador decidiu não assinar o acordo comercial que a União Europeia celebrou com o Peru e a Colômbia. Na base desta decisão do governo equatoriano está a necessidade de acautelar especificidades próprias da economia equatoriana, para além de visões distintas quanto ao papel do comércio internacional. Com efeito, o governo equatoriano defende um acordo comercial orientado para a complementaridade das produções, norteado por objectivos de apoio ao desenvolvimento e que não ponha em causa sectores mais débeis da economia equatoriana (produtivos e de serviços), nem tampouco a soberania do país sobre sectores-chave da sua economia.
Tendo em conta que se reiniciaram recentemente as negociações com o Equador tendo em vista a celebração de um acordo comercial, pergunto à Comissão Europeia:
1. Está disposta a garantir a flexibilidade necessária para que sejam tidas em devida conta as especificidades próprias da economia equatoriana (como por exemplo a ausência de uma moeda nacional e, consequentemente, de política monetária própria)?
2. Está disposta a negociar um acordo orientado para uma lógica de complementaridade e não de competição, que ameaçaria os sectores produtivos e de serviços mais débeis?