Na sequência do despedimento, em 2007, de 1.549 trabalhadores da Opel
Portugal, na Azambuja, da Alcoa Fujikura, no Seixal, e da Johnson
Controls, em Portalegre, o Governo português apresentou uma candidatura
para a mobilização deste fundo (2.425.675 euros) para co-financiar
acções, como as ditas "formação e certificação profissionais" e
compensações salariais para "incentivar" trabalhadores a aceitarem
salários mais baixos.
Sem dúvida, que face às graves consequências para os trabalhadores,
suas famílias e regiões do encerramento destas unidades, qualquer
medida que as vise minorar é urgente e necessária, no entanto a falta
de resolução do problema de fundo mantém-se: a criação e garantia de
emprego com direitos para os trabalhadores e o assegurar do
desenvolvimento socio-económico destas regiões.
O que só é possível com uma verdadeira política de investimento, que
tire partido das potencialidades de cada região e que impeça as
multinacionais de, após receber largos milhões de euros em "ajudas", se
deslocalizarem ou encerrarem em busca de uma maior exploração.
Lamentavelmente, o Parlamento aprova uma resolução onde, relativamente
à candidatura portuguesa, se mostra "preocupado" com as medidas a
financiar e solicita à CE que, "em cooperação com as autoridades
portuguesas, acompanhe de perto a situação", o que não aconteceu em
candidaturas anteriores, como foi o caso da França ou Alemanha.