E primeiro lugar, uma questão de princípio em relação ao Fundo de Ajustamento à Globalização: não o absolutizemos como solução para os problemas dos despedimentos na UE.
O que estamos aqui a discutir é um paliativo. É necessário que atacar o mal pela raíz.
É necessária a ruptura com as políticas seguidas pela UE que, dia após dia, estão a empobrecer os povos da Europa, a destruir milhões de postos de trabalho, a adiar o futuro de homens e mulheres, nomeadamente jovens. Porque as políticas da EU têm o objectivo de promover a concentração de capital, a acumulação de lucros que apenas combina com mão-de-obra barata, destruindo os sistemas produtivos de vários países, criando mais e mais despedimentos.
2ª questão: em 2012 a maior parte dos fundos deste Fundo foram para a Espanha, Dinamarca, Itália, Suécia, Finlândia e Alemanha. Alguns destes países não são certamente os que têm a mais preocupante situação sócio-económica. Portugal e Grécia nem sequer requereram o Fundo. Um co-financiamento de 60% impede simplesmente vários países de usufruírem do Fundo. Propusemos, assim, uma emenda que prevê o financiamento 95 % em caso de candidaturas apresentadas por um Estado-Membro cuja taxa de desemprego esteja acima da média da União Europeia. Pensamos que seria mais justo e que iria de encontro aos objectivos expressos do Fundo que devem, reflectir-se, sobretudo, na realidade.