As verbas do Fundo de Coesão - que passam a estar sujeitas à condicionalidade macroeconómica e ao Semestre Europeu - foram reduzidas face ao quadro financeiro actual (2007-2013). Ou seja: menos dinheiro e mais dificuldades na sua utilização. Ademais, prioridades desadequadas face às reais necessidades.
Países como Portugal, que necessitam de aumentar a produção nacional, manter e criar emprego, aumentar salários, vêem-lhe negada a suposta solidariedade que adviria dos fundos, para além de lhes ser condicionado o seu direito ao desenvolvimento soberano, de acordo com os direitos e aspirações do seu povo.
Parte significativa deste fundo será retirada para o "mecanismo interligar a Europa". Promovem-se os investimentos em infra-estruturas de rede ligadas à captação e distribuição de água e dos resíduos, invocando a necessidade da sua racionalização, com o objectivo claro de promover a sua privatização.
Inclui-se o combate às alterações climáticas nos principais objectivos e a “especialização” de regiões e países cujos sectores produtivos são frágeis. Mistificando os problemas ambientais, seus responsáveis e medidas necessárias. Perpetuam-se assimetrias de desenvolvimento, condenando vastas regiões de países como Portugal a um modelo de fornecedores de força de trabalho e reserva natural onde se implantarão com financiamento público os projectos das multinacionais que dominam as chamadas tecnologias e infra-estruturas verdes.