Em Novembro de 2007 surgiram as propostas da Comissão para a regulamentação das comunicações electrónicas, tendo sido aprovadas pelo Parlamento e o Conselho dois anos mais tarde (Novembro de 2009), após longas e difíceis negociações.
A avaliação que agora é feita é que o mercado interno das comunicações eletrónicas continua a ser incompleto, não existindo, por exemplo, um operador pan-europeu. Esta avaliação pretende não só impulsionar cada vez mais a liberalização do dito mercado das comunicações como expandir a privatização destes serviços incluindo a espoliação do sector público para o entregar aos interesses privados.
O conceito que tanto criticam, de que o mercado fragmentado é prejudicial, é tão somente a reprovação ao que ainda resta da garantia de um serviço público prestado pelo Estado às populações no que respeita a comunicações electrónicas, as quais têm, muitas vezes, preocupações sociais e tarifárias que nenhuma empresa privada tem. Esta é a pedra no sapato que os monopólios das comunicações electrónicas encontram na dita "unificação do mercado", tão fundamental para concentrar a prestação deste serviço num punhado de grupos económicos, em detrimento da garantia do acesso das populações aos serviços e da soberania dos Estados-Membros.