A evolução do regime relativo às frutas e produtos hortícolas e a reforma de 2007

A situação é mais uma vez paradoxal. Temos um declínio das áreas agrícolas utilizadas para a produção de frutas e produtos hortícolas. Temos um consumo que continua a baixar e que está abaixo das recomendações da organização mundial de saúde.
Temos no fundo um modelo onde as grandes multinacionais do sector alimentar determinam hoje o regime alimentar dos nossos jovens.
As organizações de produtores são fundamentais. O seu grau de organização tem vindo a crescer mas o quadro é muito diverso de pais para país. Neste sentido continuamos a defender uma maior flexibilização para o seu reconhecimento, em função da realidade específica de cada região. Por outro lado são necessários mais apoios assim como o alargamento das despesas elegíveis por forma a criar condições de sustentabilidade.
Contudo, é bom referir que não podemos alimentar a ilusão de que será possível, com maiores OPPs poder fazer face aos graves problemas do sector e por exemplo ao domínio da grande distribuição. Neste sentido, continuamos a manter grandes reservas face a esta tendência de completa liberalização da PAC que continua a apostar em soluções de mercado que não irão trazer nada de bom aos nossos agricultores.

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