Com esta resolução, pretende-se garantir que as alterações, do Conselho e da Comissão, ao Regulamento vão no sentido de favorecer o "objectivo e o interesse da UE em fazer progredir a internet como verdadeiro espaço público", faltando uma referência à importância de um acesso verdadeiramente universal, democrático e inclusivo.
A resolução reclama o respeito pelos "direitos humanos e as liberdades fundamentais - em particular, a liberdade de expressão e de reunião". Estamos de acordo. Por outro lado, afirma os princípios do mercado livre e do empreendedorismo, defende mais concorrência para que se "evite uma nova fractura digital". É manifestada preocupação quanto às "propostas da UIT incluírem a criação de novos mecanismos de lucro (...) fazendo aumentar os preços e dificultando a inovação", preocupação que fica aquém da necessária rejeição de tais mecanismos de lucro e de uma inversão destas políticas, visto que até se consegue reconhecer parte dos seus efeitos nefastos.
Em alternativa assinámos uma resolução que lamentamos não ter sido aprovada, uma vez que era a única a defender que "as telecomunicações e a Internet são e devem continuar a ser bens públicos, por ser esta a única forma de garantir o acesso universal a ambas e o seu controlo democrático".