Este relatório não altera a direcção política que enferma as políticas da troika. Lamenta algumas consequências sociais. E propõe pseudo-mudanças no “funcionamento” das troikas. Os povos destes países, como de Portugal, não necessitam de mais avaliações, nem de mais legitimidade democrática, nem das mesmas exactas medidas mais espaçadas no tempo, nem da participação do PE neste processo, nem de troikas sem o FMI, nem de mais planificação. O que os povos destes países querem é que lhes devolvam os rendimentos, os salários, as pensões, os direitos, os empregos que lhes roubaram. E isso só se faz com a total abolição das troikas e desta política de saque e de agiotagem, o que este relatório, evidentemente, não defende. Tivessem sido aprovadas as emendas que propusemos e o PE daria um claro “não” à continuação das troikas. Assim, de nada serviu este relatório e votámos contra, obviamente.