35 anos depois da adopção da Convenção dos Direitos da Criança muitos desses direitos são apenas uma miragem.
Os milhares de crianças mortas por Israel na Faixa de Gaza são a prova mais cruel e desumana dessa realidade.
Há muito a fazer para que os direitos da Convenção sejam realidade na vida das crianças.
É preciso erradicar a pobreza dos pais para que ela não atinja também as crianças, garantindo o trabalho com direitos e salários justos, o reforço das licenças de parentalidade e de amamentação ou a universalização e reforço do abono de família.
É preciso aumentar o investimento em serviços de saúde e educação universais, públicos e de qualidade, aumentar a oferta pública e universal de creches e educação pré-escolar; garantir condições dignas de habitação, uma alimentação equilibrada, transportes acessíveis.
Para que cresçam felizes é preciso combater as discriminações e violências de que são vítimas e garantir-lhes efectivo direito ao lazer e tempo livre, a receber cuidados num meio familiar.
É preciso ouvir as crianças e dar-lhes efectivamente a possibilidade de participarem nas decisões que as afetam.
Ainda é longo o caminho mas é preciso percorrê-lo.