Intervenção de

Declaração da Comissão sobre a Conferência ministerial da OMC em Hong Kong<br />Intervenção de Pedro Guerreiro

Não surpreende que o Comissário Mandelson afirme que sentiu que os "países em vias de desenvolvimento" não estão convencidos que a abertura dos mercados é boa para todos. Basta recordar o verdadeiro rosto da liberalização do comércio mundial dos grandes económico-financeiros: em cada 3 segundos morre uma criança devido a causas que são evitáveis; que centenas e centenas de milhões de seres humanos vivem na pobreza, ao mesmo tempo que se verifica a concentração da riqueza à custa da exploração dos trabalhadores e dos recursos que são património de toda a humanidade; que nas últimas duas décadas num grupo de 73 países, os níveis de desigualdade aumentaram em 53 deles. Para Mandelson, o "êxito retumbante" - como afirma Pascal Lamy, Director-geral da OMC -, que é o avanço de 55% para 60% nas negociações na OMC, chegou para evitar o fracasso da Cimeira. Como afirmam, o mais importante é que as negociações não "descarrilaram" e estão calendarizadas. Por isso continua a nossa luta pela soberania e segurança alimentares, pelo direito de cada país a desenvolver o seu potencial económico de forma a satisfazer as necessidades e aspirações do seu povo, pelos serviços públicos, contra a privatização da água, pelos direitos laborais, pela não patenteação da vida.

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