Os sectores estratégicos de uma economia desempenham um papel fundamental na concretização de uma estratégia de desenvolvimento económico soberano e progresso social. O processo de concentração e centralização de capital, objectivo a que está associado desde o primeiro momento o processo de integração capitalista, aprofundou-se ainda mais com a resposta do grande capital e do directório de potências à crise do capitalismo.
Em Portugal, quase todas as empresas de sectores estratégicos foram alvo de uma política que visa entregar esses sectores ao capital privado, nomeadamente estrangeiro. Essa política não só representa um desperdício de meios e recursos como acentua a dependência económica do País. A necessidade da preservação dos sectores estratégicos na esfera pública assume-se hoje com um imperativo nacional. Um projecto coerente de desenvolvimento soberano passa pela recuperação de soberania e pela necessidade do controlo público dos sectores estratégicos, recolocando-os ao serviço do povo e do País.