Melhorar a segurança dos pacientes e combater a resistência microbiana aos antibióticos devem ser objectivos candentes das políticas públicas de saúde.
Deixamos aqui três apontamentos breves sobre esta questão.
Primeiro. O ataque aos sistemas públicos de saúde agrava e dificulta a resolução destes problemas. É no quadro de serviços de saúde de qualidade, universais e gratuitos, com profissionais qualificados, com direitos e em número suficiente, que melhor pode ser adoptada toda uma gama de práticas e procedimentos preventivos, tanto ao nível dos cuidados de saúde primários, como ao nível hospitalar.
Isto é só o contrário do que foi feito nos últimos anos. A situação piorou e muito e a União Europeia tem nisto pesadas responsabilidades.
Segundo. As consequências do uso indiscriminado de antibióticos na pecuária devem ser inteiramente compreendidas e combatidas. O que exige uma profunda alteração dos modelos de produção vigentes e das políticas agrícolas e comerciais que lhes estão associadas.
Terceiro. É crucial intensificar os esforços de investigação e desenvolvimento de novos fármacos. E fazê-lo disputando a primazia das multinacionais farmacêuticas e reforçando as capacidades públicas neste domínio.