Há muito que aqui se vem falando na questão dos desreguladores endócrinos e há muito que se vem pedindo à Comissão Europeia que tome medidas concretas, tendo em vista a protecção a saúde pública face aos efeitos perniciosos deste tipo de substâncias.
Um passo necessário à criação de legislação contra o uso destas substâncias (usadas em produtos de uso corrente) é a adopção de critérios que permitam o seu reconhecimento.
Um passo necessário e que já devia ter sido dado até 2013 mas que a Comissão Europeia não quis até à data dar, enrolando-se em explicações pouco ou nada convincentes.
O que aqui parece estar verdadeiramente em causa é que outros valores se levantam e se sobrepõe ao que devia prevalecer: o interesse público, o princípio da precaução.
Isto não pode ser separado das negociações do TTIP com os Estados Unidos, pesem embora todas as juras da Comissão Europeia em sentido contrário. É que sabemos que nos Estados Unidos o princípio da precaução de nada vale. Do que se trata é mesmo de nivelar por baixo em todos os campos; pôr o negócio à frente da saúde pública.