A união dos mercados de capitais é um bom exemplo que ilustra, por um lado as contradições dos actual processo de integração capitalista da união europeia, e por outro a falta de soluções para fazer face aos problemas que assolam as economias europeias.
A união europeia enfrenta uma crise de enorme gravidade. Um quarto dos europeus encontra se em risco de pobreza e exclusão social. São 24 milhões de desempregado. As taxa de desemprego jovem duplicou entre 2007 e 2014.
Em vez de compreender as causas da crise, identificar as caudas profundas da crise e a necessidade de encontrar soluções públicas para corrigir as monumentais falhas de mercado, aposta-se nas mesmas soluções que estão na base da actual crise.
Pretender integrar um mercado de capitais não irá resolver nenhum dos problemas das nossas economias. Acreditar ser possível criar um enquadramento legislativo com uma supervisão necessariamente altamente complexa que permita garantir uma solução de mercado à questão da falta de financiamento das nossas milhares de PMEs representa uma perigosa ilusão que revela alguma cegueira é um preconceito relativamente às políticas públicas.