Este relatório reconhece a clara tendência para uma desigualdade regional crescente na União Europeia.
Mas como aqui chegámos e o que é necessário para inverter este caminho?
Primeira questão. O aprofundamento da integração, o mercado único, as políticas comuns, pela sua matriz neoliberal, pela sua natureza capitalista, conduzem ao desenvolvimento desigual e, inevitavelmente, à divergência.
Esta é uma dinâmica que os recursos destinados à coesão, manifestamente insuficientes, nunca foram capazes de contrariar.
Segunda questão. A inversão deste caminho exige uma alteração profunda das políticas da UE. Exige o reconhecimento do direito de cada país e de cada região ao desenvolvimento e o incentivo ao pleno aproveitamento do seu potencial endógeno.
Exige um reforço substancial das dotações para a coesão económica e social e não o seu enfraquecimento, como prevê o Quadro Financeiro Plurianual 2014-2020.
Exige também condições de mobilização das verbas da coesão e de outras verbas do orçamento da UE que evitem o seu desperdício, facilitando a mobilização das contrapartidas nacionais e acabando com inaceitáveis regras de condicionalidade macroeconómica.