São hoje mais claros os verdadeiros resultados e objectivos da intervenção da troika em Portugal.
Diziam ser objectivos desta intervenção:
- Aumentar o potencial de crescimento, criar empregos e melhorar a competitividade;
- Uma descida do rácio da dívida pública e do défice orçamental;
- A salvaguarda da estabilidade do sector financeiro.
Três anos decorridos, os resultados reveladores em toda a linha:
- A maior recessão acumulada desde a segunda guerra mundial; um desemprego estrutural nunca visto em democracia; falências de dezenas de milhares de empresas;
- Uma dívida descontrolada que ultrapassa os 130 por cento do PIB e um défice bem acima das metas estabelecidas.
- Um sistema financeiro que canalizou milhões de recursos públicos para actividades especulativas contrárias ao interesse colectivo geral e que se encontra altamente vulnerável, como o demonstra a situação no Banco Espírito Santo – susceptível de comportar desenvolvimentos não inteiramente previsíveis.
Desespero, emigração, desertificação, pobreza, miséria e fome – de um lado. Acumulação e concentração crescentes de riqueza – do outro.
Romper com este caminho de retrocesso que a União Europeia quer continuar a impor é a opção inadiável com que os povos da Europa estão confrontados!