A tragédia no Bangladeche vem avivar um problema há muito conhecido: o das condições de trabalho desumanas e da exploração extrema na cadeia de produção das multinacionais que abastecem o mercado europeu.
São mais uns milhares de vidas ceifadas no altar do capitalismo global.
O país é o segundo maior produtor têxtil mundial. Quase 90 por cento da produção tem como destino a Europa, os EUA e o Canadá.
A região de Daca foi reconfigurada pela proliferação de unidades fabris que operam em espaços insalubres, em regime de subcontratação praticando salários miseráveis de 30 euros/mês, negando os mais elementares direitos laborais.
São cerca de 100 mil as fábricas, só na área da capital.
Há perguntas que não podem deixar de ser feitas:
- Que medidas vai a UE adoptar face às empresas que lucram com a persistência desta situação?
- Que mecanismos vai implementar face a importações de produtos com esta origem?