Estão à vista os resultados da liberalização do sector da energia. As mirificas promessas confrontam-se com a dura realidade.
Os monopólios naturais da produção e distribuição de energia foram primeiro retalhados e depois privatizados. Agora, com a dita União da Energia e o mercado interno da energia, criam-se as condições para o avanço da concentração monopolista à escala europeia.
É este o objectivo, puro e duro, por muito que o procurem envolver e adornar com uma retórica (que não passa disso mesmo – retórica) ambiental, de eficiência e sustentabilidade.
Entretanto, enquanto os novos monopólios privados se abotoam com lucros fabulosos (em Portugal, a EDP em 2014, gerou novamente mais de mil milhões de euros de lucros), as famílias e as empresas são asfixiadas por uma factura energética que nunca foi tão alta.
Ora a insistência e aprofundamento das mesmas políticas não trará resultados diferentes.
Quer a dinamização da economia, quer a sustentabilidade do modelo energético o que exigem é a recuperação do controlo público, democrático, sobre este sector estratégico.