Intervenção de Sandra Pereira no Parlamento Europeu

Conclusões da reunião do Conselho Europeu de 24 e 25 de março de 2022, incluindo os últimos acontecimentos na guerra contra a Ucrânia e as sanções da UE contra a Rússia e sua aplicação

As medidas sobre questões energéticas anunciadas pelo Conselho mantêm intocados aspectos essenciais no dito mercado da energia, entre outros, a metodologia de fixação de preços nos mercados grossistas, responsável por diferenças brutais entre custos na produção e preços ao consumidor, assegurando enormes margens de lucro aos grupos oligopolistas privados.
A situação actual põe em evidência não só a necessidade da recuperação do controlo público de sectores estratégicos como a Energia, como da promoção da produção nacional, atenuando défices produtivos e a dependência externa de Estados.
A aprovação da chamada “Bússola Estratégica” configura o caminho militarista que a União Europeia insiste em aprofundar.
Um caminho que absorve recursos crescentes para esta deriva militarista, enquanto faltam no combate aos défices produtivo, energético, alimentar, tecnológico, demográfico, no financiamento cabal dos serviços públicos, no combate à pobreza, às injustiças e desigualdades sociais.
Este é um caminho que não trará maior segurança à Europa, trará, sim, maiores riscos.
A escalada armamentista e a política de sanções não servem os interesses dos povos, nem o caminho necessário para a paz.

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