Intervenção de João Ferreira no Parlamento Europeu

Composição do Parlamento Europeu tendo em vista as eleições de 2014

A lógica subjacente a esta proposta de composição do Parlamento Europeu é, evidentemente, a do federalismo.

A visão aqui plasmada não é a de Estados soberanos, livres e iguais em direitos, independentemente da sua dimensão, mas a de uma União comandada por um directório de grandes países que concentram o poder de decisão e se impõem aos demais.

Com esta proposta, mais uma vez, castigam-se os pequenos ou médios e poupam-se os grandes.

As reduções sucessivas e acumuladas do número de deputados de países como Portugal têm a consequência óbvia de reduzir, ainda mais, a pluralidade de representação e afastar, ainda mais, a expressão da vontade popular nestes países da composição do Parlamento Europeu.

Será essa porventura a intenção.

Desferir mais um ataque à democracia.

Não tinha e não tem de ser assim.

As propostas que apresentámos mostram que havia outros caminhos e outras opções, que permitem salvaguardar a manutenção do número de deputados dos países médios e pequenos.

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