Intervenção de João Oliveira no Parlamento Europeu

Como se combate o défice demográfico sem melhorar as condições de vida e as perspectivas de futuro das jovens gerações?

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O défice demográfico é um problema grave e está diretamente relacionado com a degradação das condições de vida, com os entraves à autonomia dos jovens, com as dificuldades na tomada de decisão de constituição de família que resultam da instabilidade do emprego, de horários de trabalho desregulados, das dificuldades em encontrar uma casa que se possa pagar.

Por isso é absolutamente necessário inverter as políticas que têm imposto estas dificuldades.

É preciso o apoio da União Europeia a políticas nacionais que promovam o aumento dos salários, a redução e regulação dos horários de trabalho, a estabilidade no emprego.

Políticas que valorizem a função social da maternidade, aprofundem os direitos de maternidade e paternidade e garantam os direitos das crianças e dos pais. É preciso o apoio da União Europeia a políticas nacionais de investimento nos serviços públicos, incluindo em redes públicas de creches, de acesso universal e gratuito.

É preciso o apoio da UE a políticas nacionais de investimento no aumento da oferta pública de habitação.

Tudo isso exige abandonar as políticas neoliberais que têm constituído um dos pilares do processo de integração capitalista europeu.

E a questão que deixamos é simples. Há mesmo vontade de mudar essas políticas para combater o déficit demográfico ou este debate serve apenas para aliviar consciências?

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