Este relatório aborda a política comercial e de investimento da UE, na perspectiva da promoção do crescimento sustentável e inclusivo, nomeadamente nos países em desenvolvimento (PED) e nos países menos avançados (PMA).
Entre apelos genéricos a "sinergias entre as políticas comerciais e de desenvolvimento" - voto pio e inconsequente, conhecendo-se das profundas contradições existentes e que, lamentavelmente, o relatório não aponta nem pretende corrigir - insiste-se e apoia-se a prossecução dos chamados Acordos de Parceria Económica entre a UE e os PED.
Não ignorando aspectos positivos do relatório - o que quase sempre sucede num relatório com esta temática, abrangência e extensão - eles apenas acentuam as suas manifestas contradições.
Pede-se medidas que ajudem os PED a compensar as perdas que resultam da "liberalização do comércio" e das orientações da OMC. Sempre por em causa nem uma nem outra.
A postura de ingerência em questões de soberania dos Estados (porque associadas a opções políticas e económicas que vão ao cerne da organização do Estado e do funcionamento da economia) é, mais uma vez, evidente. A defesa do desenvolvimento de parcerias público-privadas é um exemplo recorrente.