As emissões de gases com efeito de estufa provenientes da aviação aumentam a passos largos. Mas a solução não advirá da integração de mais sectores, nomeadamente da aviação, em regimes baseados no mercado cuja experiência demonstrou já não serem nenhuma solução.
O RCLE é um dos exemplos do fracasso inequívoco dos instrumentos de mercado. Defendemos a substituição de uma abordagem de mercado por uma abordagem normativa e regulatória, num quadro de redução das emissões que não dependa nem alimente a especulação financeira.
A emissão de licenças de emissão de gases com efeito de estufa e o comércio de quotas de poluição, apenas servem os grandes poluidores com capacidade para comprar as licenças. Para além disso, companhias aéreas mais pequenas, como a TAP, serão as mais afectadas pela inclusão das emissões da aviação no mercado global.
Aqui fica uma vez mais demonstrado que as políticas ditas ambientais da UE não contemplam uma genuína preocupação com o ambiente e com o futuro do Planeta, sendo apenas um pretexto para gerar lucros.