O brutal aumento do custo de vida penaliza de forma particular as mulheres: são a maior parte dos desempregados e dos trabalhadores com vínculos precários, têm salários e pensões mais baixas, constituem a maioria das famílias monoparentais e da população afectada pela pobreza.
Não havendo medidas estruturais que contrariem estas tendências, as desigualdades existentes agravam-se.
O aumento do preço dos bens essenciais (habitação, alimentação, energia, telecomunicações) tem de ser travado e requer medidas que protejam as mulheres e as famílias que enfrentam sérias dificuldades, em contraste com os lucros dos grandes grupos económicos.
Exigem-se medidas que respondam aos problemas sentidos pelas mulheres, mas também às suas aspirações, à defesa dos seus direitos, à promoção da igualdade:
• o direito ao trabalho com direitos, o combate à precariedade, o aumento geral dos salários e pensões;
• regulação dos preços dos bens essenciais, incluindo da energia, que deve ser considerado um bem essencial e, como tal, deve voltar à esfera pública;
• O reforço dos serviços públicos nos transportes, na educação, na saúde, oferecendo cuidados de saúde de qualidade e gratuitos a todos e o cumprimento dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres.
• o incentivo ao aumento de habitação pública, o travão ao aumento das rendas de habitação, o combate à especulação e a reversão da subida das taxas de juro, que o Banco Central Europeu insiste em manter elevadas.
Medidas pelas quais continuaremos a lutar: porque são necessárias, urgentes e possíveis!