A adesão da Roménia e da Bulgária à UE (em 2007) obrigou à celebração de um Protocolo ao Acordo Euro-Mediterrânico para alargar a estes dois países o âmbito da criação de uma zona de livre comércio. A celebração deste Protocolo não é no entanto um acto neutro, na medida em que alarga o âmbito, aumentando o território e a população abrangida. Trata-se de um acordo que não deixará de afectar de forma grave a capacidade da Tunísia tomar medidas de gestão soberana da sua economia, permitindo aos grandes grupos económicos de ambas as partes liberdade de estabelecimento sem custos acrescidos, beneficiando-os em detrimento das PME, dos pequenos e médios agricultores e da agricultura familiar e da pequena pesca. São sobejamente conhecidos os seus efeitos no aumento da competição e na pressão que por essa via é exercida sobre os trabalhadores para a redução de salários, baixar custos de exportação, baixar preços ao consumidor final num primeiro momento para destruir a produção local, voltando a fazê-los subir quando detiver a hegemonia da produção e/ou do comércio, sem benefício para a qualidade e segurança alimentar e gerando uma ainda maior destruição do ambiente.