A assistência macro-financeira à Ucrânia, que agora se propõe, não constitui uma forma de ajuda genuína e desinteressada. Pelo contrário. O condicionar desta assistência às imposições do FMI e aos "princípios-chave e objectivos de reforma económica previstos na Agenda de Associação UE-Ucrância", significa, entre outras coisas:
- O estabelecimento de "uma abrangente Área de Livre Comércio entre a UE e a Ucrânia";
- A obediência aos "objectivos da Política Externa e de Segurança Comum (PESC) da UE";
- A "intensificação da coordenação através de canais militares para abordar assuntos de interesse comum";
- A possível participação da Ucrânia na operação naval da UE Atalanta;
- O estabelecimento na Ucrânia de "uma economia de mercado completa e funcional" e dos princípios de estabilidade macroeconómica definidos pela UE;
- Uma troca de "melhores práticas" entre a UE e a Ucrânia sobre reforma do sistema de segurança social, com o objectivo de "melhorar a sustentabilidade do sistema de pensões da Ucrânia".
É evidente, por tudo o que é explicitamente assumido e pelo muito que se pode ler nas entrelinhas, atendendo ao conhecido significado de muito do léxico comunitário acima enunciado, que o nosso voto não poderia ser outro que não contra. Expressando também desta forma a nossa solidariedade com o povo ucraniano.