Os incêndios do último verão no distrito da Guarda queimaram não só floresta mas importantes áreas agrícolas em que arderam pomares, pastagens, hortas e até animais e celeiros. No vale
do Alto Mondego estima-se que tenham ardido cerca de 560 hectares de área agrícola, na sua
maioria olival.
Este nível de destruição teve como efeito imediato a brutal redução na produção de azeitona. A
Cooperativa Camponeses do Vale do Alto Mondego, no ano passado laborou 620 toneladas de
azeitona, este ano e apesar do alargado a sua área de intervenção, esse valor chegou apenas
às 130 toneladas.
Esta redução drástica da produção tem efeitos nefastos na atividade da cooperativa, cujos
prejuízos podem atingir o meio milhão de euros, mas também na atividade dos produtores.
Estes incêndios levaram à perda de investimentos por parte dos agricultores e a situação pode
levar pelo menos uma década a ser reposta.
As maiores vítimas, como sempre, são pequenos e médios agricultores e esta catástrofe implica já consequências sociais desastrosas para as famílias de quem trabalha no sector.
Pergunto à Comissão:
- Existe a possibilidade de mobilizar fundos comunitários para fazer face aos danos causados, nomeadamente o Fundo de Solidariedade? Quais os procedimentos a serem tomados?
- O governo português requereu a mobilização deste ou de outro fundo para apoiar os agricultores do Vale do Mondego vítimas dos incêndios de 2013?