O relatório aponta a ineficácia no alcançar dos objectivos traçados pelo Conselho, sobre a utilização prudente de agentes antimicrobianos na medicina humana.
Pretende-se, assim, que os Estados-Membros se comprometam a aplicar recomendações que vão além do Plano de Acção Estratégico quinquenal da Comissão.
Reclama-se, em particular, uma coordenação melhor e mais eficaz entre o sector da saúde humana e o sector veterinário. Questão pertinente, que carece de estudo e aprofundamento, como também refere o relatório.
As consequências do uso profilático de antibióticos na pecuária devem ser melhor compreendidas, investigando a sua relação com o surgimento de resistências nos seres humanos.
Exige-se uma resposta cabal dos sistemas de saúde ao problema da resistência antimicrobiana, que acautele uma gama de práticas preventivas, tanto ao nível dos cuidados de saúde primários, como ao nível hospitalar. Tal não será inteiramente possível senão no quadro de uma gestão pública dos serviços de saúde.
Exige-se também um reforço da I&D pública em neste domínio. Sendo globalmente positivo nas inúmeras recomendações e alertas que lança, este é um dos pontos fracos do relatório, que prefere orientar-se para o desenvolvimento de parcerias público-privadas.